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A nova cesta básica e o velho problema da economia

Mudanças no auxílio são positivas, mas ainda esbarram em antigas questões

A nova cesta básica e o velho problema da economia
A nova cesta básica e o velho problema da economia (Foto: Reprodução)

A cesta básica, benefício que inclui itens essenciais para a alimentação e higiene de uma família, passa por um processo de mudança no campo jurídico. Sua atualização visa refletir os hábitos de consumo atuais e garantir que os produtos incluídos sejam realmente necessários para a nutrição e bem-estar. No entanto, por ser um indicador importante em relação ao custo de vida e inflação no país, mudanças em sua composição afetam diretamente o bolso dos brasileiros e a economia nacional.


O professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA), Hugo Garbe, diz que “os índices de inflação podem ser pressionados com a inclusão de novos produtos ou a substituição de itens mais baratos por outros mais caros, refletindo em seu aumento”. Este índice, por sua vez, pode afetar o poder de compra das famílias e influenciar as políticas econômicas do governo, como a taxa de juros.


Ainda segundo Garbe, o governo brasileiro, tradicionalmente, arca com parte dos produtos da cesta para torná-los mais acessíveis a cidadãos de baixa renda. Logo, políticas públicas, como programas de alimentação escolar e cestas básicas distribuídas em programas sociais, também precisam se adaptar às novas composições, o que pode gerar custos adicionais para a administração pública.


No que diz respeito à justiça, a professora de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, do Centro de Ciências e Tecnologia em Campinas (CCT), Jenifer Moraes, comentou que em 20/12/2023 foi proposta a emenda constitucional 32, que prevê a criação da “cesta básica nacional de alimentos”. Houve, também, a edição de uma lei para definir os produtos que serão contidos no auxílio. “Atualmente, o projeto de lei complementar (LC 35/24) foi proposto em 26/03/2024 e é debatido junto à Câmara”, complementa Jenifer.


Em relação à parte alimentar, a nova cesta básica contempla diferentes categorias de alimentos muito positivos para a saúde. “A prioridade dada a alimentos in natura e minimamente processados é ótima”, ressalta a professora de Nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Karina Dantas. E completa: “pois esses alimentos possuem um bom valor nutricional, como a quantidade de vitaminas, minerais, fibra e compostos bioativos presentes nas verduras”.


Comparada à antiga, que contém 13 itens, a nova cesta básica pode ofertar uma maior variedade de alimentos, a fim de suprir as necessidades de energia, proteína, vitaminas e minerais. Acrescentando ainda alimentos estratégicos para seguir as diretrizes que visam a redução de doenças cardiovasculares, além do incentivo ao aumento de fibras alimentares, que auxiliam o bom funcionamento do intestino.

Fonte: Race comunicação 


 

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