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Flexibilidade, respeito e autonomia são estratégias para retenção de talentos

As relações de trabalho focadas no bem-estar dos seus colaboradores tendem a ganhar em talento e produtividade

Flexibilidade, respeito e autonomia são estratégias para retenção de talentos
Flexibilidade, respeito e autonomia são estratégias para retenção de talentos (Foto: Reprodução)

De acordo com o estudo "Futuro do Trabalho: 20 Tendências para Você e Sua Empresa Navegarem," realizado pelo ManpowerGroup em parceria com O Futuro das Coisas, cerca de 40% das habilidades essenciais dos profissionais em geral podem mudar nos próximos cinco anos, exigindo que as empresas adotem uma abordagem proativa na capacitação de seus funcionários. Além disso, 70% dos trabalhadores preferem modelos híbridos de atuação, combinando a flexibilidade do trabalho remoto com a interação do ambiente físico. A pesquisa mostra ainda que 83% das empresas estão revisando suas estratégias de bem-estar para incluir suporte à saúde mental, refletindo uma mudança significativa nas prioridades organizacionais. 

De acordo com Bia Nóbrega, especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional com quase 30 anos de experiência, essas tendências revelam a importância de um olhar mais integrado e holístico para a gestão de talentos e a sustentabilidade dos negócios. “A transformação digital já aconteceu e as novas dinâmicas de trabalho estão redefinindo o comportamento do mercado. Por isso, as empresas precisam adotar estratégias que coloquem o bem-estar dos colaboradores no centro de suas operações. Flexibilidade, respeito e autonomia são fundamentais para retenção de talentos e produtividade”, diz.

Os dados mostram uma nova motivação para quem encara o mercado de trabalho. Cada vez mais, a compensação total está se tornando menos monetária. Ou seja, embora a remuneração ainda seja importante, os funcionários estão valorizando outros benefícios, como acordos flexíveis - especialmente entre pais, mães e outros cuidadores; oportunidades de educação e desenvolvimento de carreira e um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. “As empresas que investem no bem-estar dos seus funcionários não só atraem, mas também retêm talentos que agregam valor, resultando em melhores resultados e satisfação no ambiente de trabalho”, completa a especialista.

A pandemia foi uma catalisadora desse novo ritmo, fazendo com que tendências que vinham se desenhando fossem aceleradas e colocando os negócios frente a desafios nunca antes imaginados. Se, há alguns anos, as empresas se planejavam para ingressar e imergir na transformação digital em um futuro próximo, agora, estratégias foram estruturadas e executadas em questão de meses.

“As empresas e os colaboradores se viram obrigadas a reavaliar suas prioridades e adaptar-se rapidamente às novas realidades. Essa mudança inclui a responsabilidade de criar uma presença mais holística e integrada com as comunidades e a sociedade”, pontua Bia. Considerando o cenário macroeconômico desafiador e a desigualdade exacerbada pela Covid-19 aumentaram a necessidade de um ambiente de trabalho que promova a saúde e o bem-estar. Grupos específicos, como mulheres e pessoas pretas, sentem de maneira ainda mais intensa os impactos, exigindo que as empresas adotem políticas de diversidade, inclusão e equidade.

O envelhecimento populacional e a inclusão de diversos grupos no mercado de trabalho são megatendências que oferecem tanto desafios quanto oportunidades. Essas ações não são apenas questões de responsabilidade social, mas também estratégias de negócios essenciais para manter os profissionais motivados. Empresas que não estão conscientes da importância desses temas enfrentam um futuro incerto em um mercado cada vez mais exigente e consciente. Além disso, as corporações se tornaram responsáveis por incentivar uma aprendizagem intencional, que ajude os profissionais a se manterem capacitados em um cenário de rápidas mudanças de habilidades essenciais. 

“As organizações vão precisar se dedicar a múltiplas jornadas: enquanto olham e solucionam os desafios do dia a dia, devem estar atentas em se reconfigurar para superar barreiras. É verdade que é uma questão de sobrevivência, mas vai muito além disso. Passamos por um novo espaço-tempo, com consequências de um período de pandemia e crise econômica e política, mas ainda pisando em ovos sobre uma instabilidade mundial e questões climáticas graves. Entender esses pilares significa também revisitar a contribuição da sua empresa com o planeta”, finaliza.

 

Sobre Bia Nóbrega:
Bia Nóbrega, com mais de 25 anos de experiência como Executiva de Gente & Cultura e reconhecida como LinkedIn Top Leadership Voice, é uma especialista dedicada ao Desenvolvimento Humano e Organizacional. Sua trajetória profissional é marcada por liderar equipes em variados setores e empresas de diferentes tamanhos, além de conduzir projetos internacionais e enfrentar desafios complexos. A partir de 2019, Bia expandiu seu campo de atuação para incluir Experiência do Cliente, Excelência e Governança Operacional, utilizando Metodologias Ágeis para promover um crescimento sustentável. Atuando também como palestrante, mentora, conselheira, escritora e professora, Bia tem impactado inúmeras empresas e indivíduos, fornecendo orientações valiosas em temas como Liderança, Governança e Desenvolvimento Pessoal, sempre enfatizando o potencial ilimitado do ser humano.

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