Pix por aproximação estreia no Brasil com promessa de agilidade, mas especialista alerta para riscos

Nova modalidade que facilita pagamentos sem abrir o app do banco, pode expor usuários a golpes

Pix por aproximação estreia no Brasil com promessa de agilidade, mas especialista alerta para riscos
Pix por aproximação estreia no Brasil com promessa de agilidade, mas especialista alerta para riscos (Foto: Reprodução)

A partir de hoje, o Pix por aproximação começa a funcionar no Brasil. A nova funcionalidade permite realizar pagamentos sem precisar acessar o aplicativo do banco, tornando as transações ainda mais rápidas e práticas. No entanto, essa inovação chega com restrições e preocupações.


Para o advogado Francisco Gomes Júnior, especialista em Direito Digital e presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), a praticidade do Pix já é um diferencial, o que levanta dúvidas sobre a real necessidade desse novo formato.


"O Pix já é muito fácil de ser feito, mas será que precisa ser ainda mais simples? Talvez seja mais seguro manter a exigência de digitar uma chave ou CNPJ, evitando riscos desnecessários", alerta o especialista.


Inicialmente, o recurso está disponível apenas para dispositivos Android, por meio do Google Pay. Usuários de iPhones não tem acesso à funcionalidade neste primeiro momento. Embora a novidade tenha o potencial de simplificar pagamentos, os mesmos golpes aplicados em cartões por aproximação podem ocorrer com o Pix, como cobranças indevidas e fraudes com valores falsos.


Para reduzir a exposição a golpes, o advogado recomenda algumas medidas de segurança:


Configurar limites de transações: Ajustar valores máximos permitidos para pagamentos por aproximação pode dificultar prejuízos em caso de fraude.

Ativar a autenticação biométrica ou senha: Sempre que possível, utilizar reconhecimento facial ou digital para validar transações antes da conclusão do pagamento.

Manter o NFC desativado quando não estiver em uso: Como a tecnologia de aproximação funciona por NFC (Near Field Communication), desligar esse recurso no celular impede cobranças acidentais ou não autorizadas.

Verificar valores e estabelecimentos antes de confirmar pagamentos: Conferir sempre as informações da transação antes de aproximar o dispositivo da maquininha.

Monitorar o extrato bancário regularmente: Revisar os registros de pagamento ajuda a identificar movimentações suspeitas rapidamente.


📌 Dr. Francisco Gomes Júnior

Advogado e sócio da OGF Advogados

Especialista em Direito Digital e presidente da ADDP

Instagram: @franciscogomesadv | @ogf_advogados

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